Interoperabilidade através da nuvem: como alcançá-la?

Interoperabilidade através da nuvem: como alcançá-la?

Interoperabilidade através da nuvem: como alcançá-la?

O atual desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) impôs ao mundo moderno, especialmente na área da prestação de serviços empresariais, comerciais e financeiros, públicos e privados, em benefício dos seus utilizadores (consumidores e cidadãos), a necessidade de os Sistemas de Informação (SI) serem cada vez mais interoperáveis.

Conhecer e compreender totalmente cada um dos elementos que envolvem a questão da interoperabilidade dos sistemas de computador, através da Nuvem (Internet), é algo imprescindível para qualquer pessoa, comum e profissional, desde a consolidação da interação entre as Organizações entre si, e estas e os Governos no desenvolvimento de programas ou serviços, e de cada uma delas. melhor integração, inter-relação e complementação, resultará em maior apoio do cidadão e, por sua vez, na melhoria da qualidade de vida para todos.

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Introdução

O ideal de poder compartilhar dados (informações) de forma universal e transparente, isto é, independentemente da tecnologia que suporta seu armazenamento, processamento ou distribuição, Acompanhou a evolução do homem e o desenvolvimento das TIC desde o seu início. Tudo o que é criado pelo Homem, desde a escrita (letras, números, unidades de tempo) até os meios de comunicação atuais (Imprensa, Rádio, TV e Internet) tem como objetivo essencial a comunicação, o diálogo e a compreensão.

Portanto, a melhoria ou melhoria das condições (tecnologias, equipamentos, plataformas) para a troca de informação deve ser um aspecto transcendental tanto para as organizações e entidades como para cada país em geral, a fim de alcançar o desenvolvimento de soluções informáticas que superem as limitações e erros do passado. Limitações e erros gerados pelo desenvolvimento tecnológico em função de necessidades (requisitos) particulares, dando origem às "Ilhas Informáticas".

Ilhas de computadores que se caracterizam por um manejo ineficiente e descoordenado da informação, o que praticamente impossibilita a interação entre elas e impede, por exemplo, que os procedimentos do Estado possam ser realizados pelo cidadão em um único local. Por isso, por exemplo, os governos procuram colocar em funcionamento janelas únicas eletrônicas do Estado para que cidadãos e organizações possam realizar seus procedimentos online. E as organizações buscam tornar seus produtos e serviços mais compatíveis e universais em relação aos de outras pessoas.

E é precisamente aqui que o conceito de interoperabilidade entra em jogo. Conceito que pode ter muitas interpretações com pequenas variações, mas que em muitos casos geralmente é expresso como:

“A capacidade dos Sistemas TIC e dos processos de negócio que os suportam de trocar dados e possibilitar a partilha de informação e conhecimento”. (CEPAL, União Europeia, 2007) (Lueders, 2004)

Conceito

O Vocabulário de Informação e Tecnologia ISO / IEC 2382 define o conceito de interoperabilidade como:

"A capacidade de comunicar, executar programas ou transferir dados entre várias unidades funcionais, de forma que o usuário não precise conhecer as características únicas dessas unidades." (ISO, 2000)

Para outros, especialmente em níveis governamentais ou políticos, a definição de interoperabilidade é geralmente definida como:

«a capacidade de organizações díspares e diversificadas de interagir com os objetivos acordados. A interação implica que as organizações envolvidas compartilhem informações e conhecimentos por meio de Processos Interinstitucionais, por meio da troca eletrônica de dados entre seus respectivos sistemas de tecnologia da informação ”.

Algo que muitas vezes é interpretado, como a busca por parte dos governos em buscar sistematicamente fornecer serviços públicos cada vez melhores para suas sociedades. (Cidadãos e Organizações) obedecendo aos princípios de Simplificação de Cadastro (para evitar a duplicação de Solicitações ou Processos de Informações) e Janela Única (para evitar desordem organizacional ou ministerial e falta de coordenação).

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Tipo

Algumas bibliografias geralmente dividem a interoperabilidade em 4 fases ou tipos, que são:

Interoperabilidade semântica

Tem a preocupação de garantir que o significado preciso das informações trocadas seja compreensível inequivocamente por todos os aplicativos envolvidos em uma determinada transação e permite que os sistemas combinem as informações recebidas com outros recursos de informações e, assim, os processem de maneira adequada.

Interoperabilidade organizacional

Lida com a definição de objetivos de negócios, modelagem de processos e facilitação da colaboração entre administrações que desejam trocar informações e podem ter diferentes estruturas organizacionais e processos internos. E orientar, com base nos requisitos da comunidade de usuários, os serviços que devem estar disponíveis, facilmente identificáveis, acessíveis e orientados para o usuário.

Interoperabilidade técnica

Abrange questões técnicas (HW, SW, Telecom), necessário para interconectar sistemas e serviços de computador, incluindo aspectos essenciais, como interfaces abertas, serviços de interconexão, integração e middleware de dados, apresentação e troca de dados, serviços de acessibilidade e segurança.

Governança de interoperabilidade

Quando Estados (Governos) estão envolvidos no processo de interoperabilidade, ocorre esta fase ou tipo que refere-se aos acordos entre os governos e os atores envolvidos nos processos de interoperabilidade e como alcançá-los. Com a governança, busca-se que o poder público tenha o arcabouço institucional necessário para estabelecer padrões de interoperabilidade, garantir sua adoção e dotar os órgãos da capacidade organizacional e técnica necessária para colocá-los em prática.

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tecnologias

Existem muitas tecnologias para alcançar o processo de interoperabilidade, especialmente no nível governamental. Um deles geralmente é o uso de Serviços da Web (Web Services ou WS), que nada mais são do que um conjunto de protocolos e padrões usados ​​para trocar dados entre aplicativos (Apps).

WS facilita a troca de dados entre diferentes aplicativos desenvolvido com diferentes linguagens de programação e executado em diferentes plataformas de sistema operacional, para que possam ser exibidos em qualquer Dispositivo, Equipamento ou Plataforma conectado à Internet. WSs são um novo modelo de trabalho para aplicativos que se comunicam entre si usando a Internet.

E trazem benefícios valiosos para o processo de interoperabilidade pois permite que os Apps, independentemente de suas características ou plataforma de execução, se comuniquem, por meio do estabelecimento de padrões e protocolos baseados em texto, facilitando o acesso ao conteúdo (Informação / Dados) e o adequado entendimento de seu funcionamento.

normas

Entre os padrões mais usados ​​no WS temos:

  • XML: XML (Extensible Markup Language)
  • SABONETE: SOAP (Protocolo Simples de Acesso a Objetos)
  • WSDL: WDSL (linguagem de descrição de serviços da Web)
  • UDI: UDDI (descrição universal, descoberta e integração)

Tipo

Entre os tipos de WS mais conhecidos estão:

  • Serviços da Web baseados em SOAP: Que fazem uso de mensagens XML seguindo o padrão SOAP, e usando WSDL em sua interface.
  • Serviços da Web baseados em RESTful: Que dispõem de HTTP, URI, MIME, para serem implementados em infraestruturas simples ou não muito complexas.

Conclusão

A procura da interoperabilidade dos diferentes sistemas, sejam públicos ou privados, ou entre eles, podem aumentar de maneira positiva, os benefícios e vantagens, sociais ou comerciais, tanto para o simples cidadão, como para o especialista profissional ou grande empresário ou líder político.

A homogeneização de acordos, processos e arquiteturas pode melhorar a capacidade de fornecer e satisfazer bens, produtos e serviços adequados, mitigando o impacto de possíveis erros de tempo, operações ou incompatibilidades.

Todos os itens acima posicionam a interoperabilidade como um elemento chave para fornecer a todos os serviços públicos e privados de qualidade necessários, com eficiência e com o menor custo possível. Reduzindo ineficiências, duplicações, frustrações e até custos extras.

E mesmo em alguns casos, consegue-se um aumento no acesso a um nível ainda mais alto de informações e funcionalidades úteis, de um único ambiente de forma mais prática e confiável, ou seja, de forma mais eficiente, lucrativa, aberta, segura, privada, flexível e competitiva.


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