Os desktops, assim como as distribuiƧƵes, cumprem seu objetivo de acordo com nossas necessidades bƔsicas e o uso que damos ao computador, e neste ponto, acho que todos (Ou a maioria) sabemos o que cada um deles pode fornecer.
Eu vou arriscar. Eu, um usuĆ”rio que experimentou quase todos os desktops disponĆveis em GNU / Linux, Acho que existem 4 principais ou mais importantes atualmente, e eu definiria cada um deles desta forma:
KDE: O desktop GNU / Linux mais completo e produtivo.
Partindo do ponto de que o "melhor" depende do gosto e da necessidade de cada um, não é segredo para ninguém que com seus altos e baixos, KDE sempre ocupou um lugar privilegiado entre os usuÔrios de GNU / Linux.
Com a partida de KDE4 as coisas ficaram feias, e com o desaparecimento iminente de KDE3.5, Eu, como muitos, corri para Gnome. E confesso que sempre senti um certo vazio.
O que torna o KDE tão completo vai além do que se vê a olho nu. Por exemplo, algo que sempre critico é a quantidade de opções que contém, tanto a Ôrea de trabalho quanto seus aplicativos. Mas não me escute, isso estÔ longe de ser negativo, pois é um dos pontos a favor da mesa alemã.
O problema talvez seja que para alguns, todas essas opções não estão localizadas no lugar certo e isso faz com que muitos usuÔrios se sintam sobrecarregados com tantas possibilidades, que repito, só trazem vantagens.
Com o KDE, você tem a sensação de que cada aplicativo tem exatamente o que você precisa e até um pouco mais. KDE Melhorou muito em termos de desempenho e eficiência, e sem sair dos esquemas a que estamos acostumados, conseguiu inserir novas formas de usar o desktop. Um exemplo disso é Plasma e Atividades, ferramentas que podem ter um uso excelente, conforme o caso, e que muitos de nós ainda não entendemos.
KDE Ć© uma secretĆ”ria pensada para todos os utilizadores que se dispƵem a arriscar um pouco no consumo, mas que em troca terĆ£o o benefĆcio de serem mais produtivos e eficientes no seu trabalho quotidiano com o computador. Para mim, um ambiente desktop vai alĆ©m de um painel (ou dois), um menu, uma bandeja do sistema ... etc. Um Ambiente de Trabalho sĆ£o todas as ferramentas e aplicativos que nos permitem trabalhar confortavelmente com nossos arquivos e pastas, e neste KDE pega as palmas das mĆ£os.
O que usamos mais quando trabalhamos com um computador? Acho que 98% dos leitores deste blog concordarão comigo que é o Gerenciador de Arquivos e Pastas. KDE Tem para isso uma aplicação que não necessita de apresentação e que qualidades e opções existem: Golfinho. Se você não é capaz de ser produtivo com Golfinho, então não serÔ com nenhum outro gerenciador de arquivos e pastas, tão simples.
Golfinho Oferece abas, painĆ©is extras, terminal integrado, mecanismo de busca, filtro de busca e outros benefĆcios que permitem que vocĆŖ tenha controle total sobre seus documentos, arquivos ou pastas.
Mas KDE vai ainda mais longe. KDE nos oferece uma integração completa e total entre cada um de seus componentes. Embora eu não os use particularmente, a combinação Akonadi / Nepomuk / Virtuoso eles oferecem uma potência incomparÔvel quando bem usados. Se você precisa fazer algo, é raro que você não encontre KDE o aplicativo certo para isso.
Minha recomendação: KDE Ć para aqueles usuĆ”rios que desejam ter tudo em mĆ£os, ser eficientes, produtivos e economizar o mĆ”ximo de tempo possĆvel. Um ambiente ideal para usuĆ”rios que lidam com uma grande quantidade de informaƧƵes, desenvolvedores, designers ou que simplesmente desejam ter uma opção para tudo e configurar seu desktop da maneira mais fĆ”cil possĆvel.
Gnome: O rei sem trono.
Gnome Sem dúvida, por muito tempo foi o rei dos Ambientes de Trabalho do meu ponto de vista. Com a partida de KDE4, a ascensão de Ubuntu, e a simplicidade que sempre o caracterizou, aos poucos se tornou o preferido de muitos usuÔrios ao redor do planeta com o lançamento do gnome2, onde tudo foi fÔcil, e o acesso aos aplicativos e também às opções do Desktop foi feito com apenas alguns cliques.
gnome2 à um Ambiente de Trabalho no qual muito mais poderia ter sido trabalhado e do qual um melhor lucro poderia ter sido obtido. No entanto, os desenvolvedores do projeto investigaram gnome3, um ambiente de Ôrea de trabalho com bibliotecas aprimoradas, mas que representou uma mudança repentina (ainda maior do que o causado por KDE4) para usuÔrios de gnome2, que partiu para a dissolução em busca de outras alternativas, como Xfce, LXDE ou próprio KDE.
NĆ£o posso dizer isso Gnome com a sua concha ser um aplicativo ruim longe disso. gnome3 Ainda Ć© muito poderoso e tem excelentes ferramentas, atĆ© mesmo muitos usuĆ”rios se sentem confortĆ”veis āācom as novidades, mas a filosofia de trabalho que caracterizou esta mesa mudou radicalmente e sua aparĆŖncia, creio eu, nĆ£o estĆ” voltada para o usuĆ”rio final tĆpico.
Seja qual for o objetivo de seus desenvolvedores, vimos neste blog as mudanças por que vem passando este desktop, que em minha opinião, não têm tido nenhum sucesso. Gnome estÔ tentando entrar em um mercado no qual não possui terras e onde jÔ existem outras alternativas mais avançadas. O futuro de Gnome é em Gnome OS, projeto que não me atrevo a comentar, pois muito pouco se sabe sobre ele.
Mas nem tudo estÔ ruim, como eu ia dizendo, Gnome Tem aplicações muito boas, extremamente fÔceis de configurar, em alguns casos carecendo de opções em relação às que possui KDE, mas tão poderoso e funcional.
Gnome também serve como base para outros Conchas muito interessantes como eles são Unity y Canela. Seu gerenciador de arquivos e pastas (NÔutilus), embora não tenha todas as qualidades de GolfinhoTambém é bastante produtivo e muito simples em comparação com o anterior mencionado. Sendo desenvolvido em gtk, Tem muitos pacotes próprios e de terceiros, mas infelizmente o King vem perdendo popularidade.
Minha recomendação: Gnome Ć para aqueles usuĆ”rios que sĆ£o atraĆdos por novos desafios e interfaces inovadoras voltadas principalmente para a tecnologia touch, que nĆ£o se importam em usar o teclado e desperdiƧar um pouco de recursos. Ideal se vocĆŖ usar outras conchas como Canela o Unity.
Xfce: A alternativa ao Gnome 2
Xfce veio para preencher o vazio que foi deixado em muitos gnome2. Um desktop que jĆ” tem alguns anos e que vai evoluindo aos poucos, cujo lento desenvolvimento se deve aos poucos programadores que possui. Algo quase paradoxal se levarmos em conta que Xfce tornou-se popular nos Ćŗltimos anos.
Xfce foi um Gnome com menos funcionalidades. A aparência é basicamente a mesma e atende aos requisitos de ser simples, rÔpido, fÔcil de configurar e uma vez personalizado, extremamente bonito. Mas como nem tudo poderia ser bom, faltam muitas coisas, seus aplicativos são extremamente simples e não possui boas ferramentas para gerenciar o sistema.
Claro, sendo construĆdo em gtk, vocĆŖ pode perfeitamente usar os aplicativos de Gnome, mas pelo menos eu gostaria que ele tivesse mais ferramentas próprias.
Um dos pontos fracos de Xfce Ʃ precisamente seu gerenciador de arquivos e pastas: Thunar. Sob a desculpa de que vai perder a leveza, os desenvolvedores relutam em adicionar guias ou painƩis extras, portanto, trabalhar com esse aplicativo reduz bastante a produtividade.
De resto, tudo é muito simples e pode ser configurado Xfce completamente (ou na maior parte) do seu Centro de Configuração. A versão 4.10 adicionou muitas melhorias para os usuÔrios e seria interessante ver o futuro deste ambiente de Ôrea de trabalho agora que Debian o adotou como a Ôrea de trabalho padrão.
Minha recomendação: Xfce Ć para aqueles usuĆ”rios que nĆ£o precisam realizar tarefas avanƧadas com o sistema, que gostam de um simples Desktop e querem ter acesso a todos os seus aplicativos com apenas alguns cliques. Pode ser ideal para escritores, jornalistas e pessoas que usam o computador para coisas bĆ”sicas, proporcionando um equilĆbrio entre potĆŖncia e velocidade.
LXDE: O menor, mais rƔpido, mas menos poderoso da classe
LXDE é o menor dos ambientes de desktop desenvolvidos em gtk, é o mais rÔpido e, portanto, o que mais carece de aplicativos próprios, assim como Xfce, você tem que fazer uso de muitas ferramentas de Gnome para completar seu leque de possibilidades.
Sua aparência por padrão nos lembra o Windows XP e com um pouco de trabalho você pode obter lindas personalizações, porém, um ponto a favor deste Ambiente de Trabalho é seu Gerenciador de Arquivos e Pastas: PCManFM.
PCManFM Possui algumas qualidades de seus irmĆ£os mais velhos, como os cĆlios, que aliadas Ć sua rapidez e beleza, a tornam a melhor alternativa aos Thunar, que excede em muito em termos de produtividade, personalização e configuração.
Minha recomendação: LXDE Ć ideal para equipes de baixo desempenho, graƧas ao equilĆbrio que nos oferece entre velocidade e simplicidade. Recomendado para usuĆ”rios com um pouco mais de experiĆŖncia, jĆ” que nem tudo estĆ” tĆ£o perto.
Conclusão
Eu disse no inĆcio e repito novamente: Cada mesa Ć© completa ou nĆ£o de acordo com a necessidade de cada um. Qualquer uma dessas 3 variantes (obviando Concha de gnomo)Prontos e prontos para usar, eles podem ser fĆ”ceis de usar para novos usuĆ”rios.
Esta postagem nada mais é do que uma revisão muito superficial e imparcial de cada um desses ambientes de Ôrea de trabalho. Cada usuÔrio sabe até que ponto pode customizar, configurar e explorar as opções de cada um deles, o que, claro, não posso falar aqui.
Todos são bons no que fazem e cada um atende às necessidades de diferentes tipos de usuÔrios. Se você me perguntar, eu ficarei com KDE y Xfce, dependendo do que você precisa fazer. Qual você prefere?